{"id":2849,"date":"2020-09-28T00:00:00","date_gmt":"2020-09-28T03:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/www.americanasmarketplace.com.br\/conteudos\/black-friday-2020-expectativa\/"},"modified":"2024-04-30T16:12:21","modified_gmt":"2024-04-30T19:12:21","slug":"black-friday-2020-expectativa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.americanasmarketplace.com.br\/blog\/black-friday-2020-expectativa\/","title":{"rendered":"Acelere na Black Friday: o que esperar da maior data do varejo?"},"content":{"rendered":"\n

Como ser\u00e1 a Black Friday 2020 e o que esperar da data este ano? Rodrigo Chamorro, l\u00edder de Insights para Varejo no Google Brasil, traz dados e uma an\u00e1lise completa sobre a evolu\u00e7\u00e3o do comportamento do consumidor<\/em><\/h2>\n\n\n\n

Sair na frente na data mais aguardada do varejo exige prepara\u00e7\u00e3o e informa\u00e7\u00e3o. Para antecipar o que deve vir por a\u00ed, o \u201cAcelere na Black Friday\u201d convidou Rodrigo Chamorro, l\u00edder de Insights para Varejo do Google Brasil, para uma conversa com Weidrian Brito, especialista de Treinamentos do B2W Marketplace. No bate-papo, eles falaram sobre resultados anteriores e como o varejo e o comportamento do consumidor evolu\u00edram em tempos de pandemia.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEm 2019, a Black Friday movimentou R$ 3,2 bilh\u00f5es s\u00f3 no digital, um crescimento de 23% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior\u201d, iniciou Rodrigo. \u201cMas vamos olhar para o passado com cautela, porque o que estamos vivendo esse ano \u00e9 totalmente diferente de tudo. Vale mais a pena olhar para os acontecimentos dos \u00faltimos seis meses para projetar o que vai acontecer\u201d, ponderou.<\/p>\n\n\n\n

O papo se dividiu em quatro pontos e perguntas principais. Confira a seguir as respostas a cada uma delas:<\/p>\n\n\n\n

Como est\u00e3o o Brasil e os brasileiros?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Para come\u00e7ar, \u00e9 importante analisar alguns indicadores econ\u00f4micos. Com o \u00cdndice de Confian\u00e7a do Consumidor levemente mais baixo, a expectativa \u00e9 que o desemprego suba (+13,6%, segundo dados de junho) e o PIB e o consumo recuem (-5,5% e -7,1%, respectivamente) em 2020. \u201cN\u00e3o d\u00e1 para fechar os olhos para o impacto da crise sobre a economia\u201d, disse Rodrigo. \u201cMas se a gente olhar pela perspectiva correta, existem muitas oportunidades. Se a gente souber trabalhar e se preparar, mesmo com dados que parecem desfavor\u00e1veis na economia a gente pode fazer uma Black Friday muito boa\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Rodrigo destacou o aumento das vendas de categorias as quais o p\u00fablico n\u00e3o costumava comprar pela internet durante os meses de quarentena. Foi o caso de alimentos e bebidas, assinaturas de servi\u00e7os, artigos para beb\u00eas e games. J\u00e1 campe\u00e3s como celulares e eletr\u00f4nicos tiveram aumentos expressivos de 120% e 195%.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO e-commerce costumava representar 7% de todo o varejo do Brasil. Com o crescimento nos meses de pandemia, em maio chegou a representar 13%\u201d, apontou. \u201cO e-commerce vem ganhando muita relev\u00e2ncia e deve aumentar ainda mais nesse ritmo, crescendo 59% ano a ano\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fica claro que existem cada vez mais consumidores online. \u201cFechamos 2019 com quase 11 milh\u00f5es de novos compradores, mas, em 2020, j\u00e1 temos dados que apontam mais de 5 milh\u00f5es s\u00f3 no come\u00e7o da pandemia\u201d, disse Rodrigo. A expectativa \u00e9 que este n\u00famero aumente ainda mais: novos clientes crescem 40% por ano e j\u00e1 representam 18% de todos os consumidores online.<\/p>\n\n\n\n

Rodrigo mostrou que a Black Friday vai ocorrer em um momento entre a pausa causada pela pandemia e a retomada de algumas atividades, e que o comportamento de quem compra j\u00e1 n\u00e3o ser\u00e1 aquele de meses atr\u00e1s, quando consumidores estocavam produtos em meio \u00e0s incertezas. \u201cSer\u00e1 de \u2018olhar para a frente\u2019, pensando na possibilidade de sair para praticar esportes, estudar, viajar. Categorias aliadas a esse tipo de comportamento tendem a se beneficiar\u201d, aconselhou.<\/p>\n\n\n\n

E as motiva\u00e7\u00f5es de consumo? \u201cNeste momento, elas convivem\u201d, disse Rodrigo. S\u00e3o tr\u00eas os principais est\u00edmulos que levam o cliente a fechar uma compra: necessidade, indulg\u00eancia e entretenimento. \u201cEle compra porque precisa, porque faz bem de alguma forma ou simplesmente porque o ato de comprar entret\u00e9m\u201d, explicou. \u201cPensando assim, a Black Friday desse ano vai ser menos sobre consumismo e mais sobre boas oportunidades de neg\u00f3cio\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O que pode estar na lista de desejos?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Impulsionadas pelas medidas de distanciamento social, as buscas por categorias do varejo cresceram quase duas vezes acima das pesquisas no Google como um todo. \u201cO digital come\u00e7a a ter uma influ\u00eancia ainda maior na jornada de compra\u201d, disse Rodrigo. \u201cAs pessoas est\u00e3o trocando idas ao shopping e \u00e0s lojas por fazer mais buscas. Preferem assistir a um v\u00eddeo sobre o produto, ver algu\u00e9m usando, pesquisar pre\u00e7os em mais sites\u201d.  <\/p>\n\n\n\n

Rodrigo identificou tr\u00eas comportamentos nas buscas realizadas no Google nos \u00faltimos tempos. \u201cAlgumas categorias est\u00e3o vivendo uma Black Friday todos os dias\u201d, disse. Isso significa que est\u00e3o num patamar de busca t\u00e3o alto que j\u00e1 superaram o do evento em 2019, como \u00e9 o caso de m\u00f3veis, itens de decora\u00e7\u00e3o e de inform\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

Outras est\u00e3o em um novo patamar: ainda n\u00e3o alcan\u00e7aram o volume de buscas da Black Friday, mas operam em um volume muito maior do que na mesma \u00e9poca no ano passado, como TV e v\u00eddeo, telefonia e eletrodom\u00e9sticos.<\/p>\n\n\n\n

Depois, vem a nova demanda. Fazem parte deste grupo categorias que nem eram pesquisadas na Black Friday, mas que s\u00e3o t\u00e3o buscadas hoje que levam a acreditar que podem ser grandes estrelas na data que vem a\u00ed. \u201cAs buscas por alimentos, por exemplo, aumentaram em 46%\u201d, mostrou Rodrigo. \u201cEssa pode sim ser uma Black Friday de alimentos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Qual ser\u00e1 o papel de cada canal na Black Friday?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Por causa da pandemia, a percep\u00e7\u00e3o que os consumidores tinham sobre canais f\u00edsicos e digitais mudou, e Rodrigo diz que a rela\u00e7\u00e3o com o f\u00edsico foi transformada. \u201cMesmo com a retomada parcial, o f\u00edsico n\u00e3o conseguiu resgatar seu valor simb\u00f3lico\u201d, acrescentou. Dados apresentados dizem que 70% das pessoas passam menos tempo em lojas, 62% evitam tocar produtos, 42% ficam nervosas ao entrar na loja e 50% dizem que comprar em um ponto de venda f\u00edsico \u00e9 mais estressante do que comprar online.<\/p>\n\n\n\n

Em compensa\u00e7\u00e3o, os meios digitais receberam 7,3 milh\u00f5es de novos clientes e quem j\u00e1 era adepto passou a comprar mais. 54% dos consumidores aumentaram a frequ\u00eancia das compras online, enquanto 38% passaram a comprar itens que costumavam adquirir pessoalmente.<\/p>\n\n\n\n

Surge tamb\u00e9m um novo perfil de clientes, os \u201cdigitais por op\u00e7\u00e3o\u201d. \u00c9 um grupo formado por mais de 1\/3 dos consumidores que, mesmo ap\u00f3s a reabertura das lojas f\u00edsicas, seguir\u00e3o usando o digital como canal principal.<\/p>\n\n\n\n

\u201cOs compradores recorrentes estabeleceram uma nova rela\u00e7\u00e3o com o online\u201d, disse Rodrigo. 44% acreditam que n\u00e3o h\u00e1 motivo para comprar algo em uma loja f\u00edsica quando podem comprar online, enquanto 56% gostam de pesquisar e descobrir novos itens online em vez de passear por uma loja f\u00edsica.<\/p>\n\n\n\n

Como fazer valer a pena?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

Na Black Friday 2020, a diferencia\u00e7\u00e3o deve ir al\u00e9m dos pre\u00e7os baixos. No passado, bons pre\u00e7os e promo\u00e7\u00f5es atrativas eram vistos pelos consumidores como um diferencial; hoje, as ofertas continuam sendo o centro do evento, mas passaram a ser vistas como o b\u00e1sico, o m\u00ednimo necess\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Rodrigo trouxe quatro camadas principais de diferencia\u00e7\u00e3o: a financeira, a log\u00edstica, a de servi\u00e7os e a de experi\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Na camada financeira, as promo\u00e7\u00f5es continuam em alta. Os cupons s\u00e3o os preferidos, mas o cashback<\/a>, solu\u00e7\u00e3o que oferece dinheiro de volta para o cliente ap\u00f3s a compra, come\u00e7a a ganhar espa\u00e7o. \u201cEst\u00e1 acelerando, e vale a pena apostar nele\u201d, disse Rodrigo.<\/p>\n\n\n\n

A camada de log\u00edstica traz o frete como um ponto importante. \u201cFrete gr\u00e1tis tamb\u00e9m \u00e9 um benef\u00edcio financeiro\u201d, apontou. A entrega r\u00e1pida \u00e9 outro fator decisivo para o cliente fechar a compra, ent\u00e3o \u00e9 fundamental oferecer op\u00e7\u00f5es que atendam a estas expectativas.<\/p>\n\n\n\n

A terceira camada re\u00fane servi\u00e7os, meios de pagamento e aplicativos. Para 33% do p\u00fablico, o benef\u00edcio mais relevante durante a Black Friday \u00e9 a possibilidade de parcelar a compra em mais vezes, seguido por frete gr\u00e1tis, seguran\u00e7a contra fraudes virtuais e descontos adicionais para pagamentos \u00e0 vista. Os apps<\/em> surgem como um grande diferencial: os aplicativos de compras cresceram 73%, com 186 milh\u00f5es de downloads e o da Americanas<\/a> como o mais baixado no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

A quarta \u00e9 a experi\u00eancia. \u00c9 preciso resgatar o valor simb\u00f3lico das compras. \u201cAl\u00e9m do atendimento e do p\u00f3s-venda, outros fatores mais subjetivos ganham relev\u00e2ncia neste momento de tens\u00e3o e fragilidade\u201d, aconselhou Rodrigo. \u201cE se esse ano seu neg\u00f3cio conseguisse dar um passo al\u00e9m e oferecer mais que apenas bons descontos?\u201d, refletiu ele.<\/p>\n\n\n\n

Quais s\u00e3o as perspectivas?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n

A Black Friday deve receber um consumidor mais desafiado, planejado, cauteloso e online. \u201cA temporada chegar\u00e1 no momento entre pausa e recome\u00e7o, onde o que vale a pena de fato \u00e9 mais importante do que ser barato\u201d, relembrou Rodrigo. \u201c\u00c9 um momento de experimentar novos produtos, marcas e formas de pagamento\u201d.<\/p>\n\n\n\n

As expectativas s\u00e3o altas e as possibilidades diversas. \u201cEsta vai ser a Black Friday mais multiprop\u00f3sito de todas\u201d, disse. \u201cN\u00e3o \u00e9 s\u00f3 uma Black Friday de queima de estoque, volume ou receita total, mas para aumentar sua base de clientes, vender mais categorias do que est\u00e1 acostumado, gerar experimenta\u00e7\u00e3o dos seus produtos, lan\u00e7ar servi\u00e7os e at\u00e9 impacto social, ajudando empresas e pessoas que sofreram de alguma forma com tudo isso que a gente vem vivendo nos \u00faltimos meses\u201d.<\/p>\n\n\n\n

E amanh\u00e3 tem mais! N\u00e3o perca mais uma live do \u201cAcelere na Black Friday\u201d \u00e0s 18h, no canal do B2W Marketplace no YouTube, com muita informa\u00e7\u00e3o para voc\u00ea sair na frente. Confira a programa\u00e7\u00e3o completa e fa\u00e7a sua inscri\u00e7\u00e3o gratuitamente clicando aqui<\/a>. Al\u00e9m das lives, voc\u00ea ter\u00e1 acesso a conte\u00fados exclusivos!<\/p>\n\n\n\n

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