Confira algumas dicas na hora de criar o seu CNPJ MEI
A criação de um CNPJ MEI, ou seja, de Microempreendedor Individual, é uma excelente medida para quem deseja começar uma nova empresa ou formalizar um negócio.
Para se encaixar na categoria de MEI é preciso cumprir alguns requisitos, como o de trabalhar por conta própria, não ter participação como sócio ou titular em outra empresa e faturar no máximo R$81 mil por ano.
Além disso, é preciso checar se a função de trabalho que você deseja exercer entra em alguma das categorias permitidas para o MEI. A seguir explicamos mais sobre essa e outras informações que você precisa se atentar antes de criar seu CNPJ MEI. Confira:
1 – Escolha bem sua atividade de atuação (CNAE)
Nem todas as atividades profissionais permitem a criação de um CNPJ MEI. Na verdade, existe uma lista de funções autorizadas para quem seja ser um microempreendedor individual e é preciso que seu negócio esteja alinhado a alguma delas para se formalizar nesta modalidade.
Para ser MEI, você terá que escolher uma ocupação principal (CNAE) e até 15 secundárias, desde que as outras tenham alguma relação com a principal.
Ex:
45.30-7 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores
- 4530-7/03 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores
- 4530-7/04 Comércio a varejo de peças e acessórios usados para veículos automotores
- 4530-7/05 Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras de ar
Você pode ver essa lista completa de atividades no site do Sebrae.
Um ponto importante é saber direitinho o que você deseja fazer para escolher um CNAE realmente alinhado à sua função.
2 – Defina um endereço físico para sua empresa
Sim, como MEI você terá que fornecer um espaço físico como ponto de abertura de sua empresa.
A notícia boa? Esse endereço da sede do próprio negócio, quase sempre, poderá ser o de sua casa. Isso só não vale para CNAEs que exijam um local específico.
Para saber se o local desejado pode ser cadastrado como endereço da empresa, é preciso fazer uma consulta prévia na prefeitura da sua cidade.
3 – Você pode fazer seu cadastro de MEI online
Hoje em dia, o cadastro de MEI é feito exclusivamente no Portal do Empreendedor, sem necessidade de entregar documentação em nenhum órgão público. Para isso, é preciso ter em mãos os seguintes documentos:
- RG;
- CPF;
- Comprovante de residência;
- Título de eleitor ou número de recibo do imposto de renda, caso você tenha feito a declaração nos últimos 2 anos;
- Cadastro na plataforma Brasil Cidadão, que deve ser feito no site:https://acesso.gov.br/acesso/#/primeiro-acesso
O MEI não tem Contrato Social, a comprovação do cadastro é feito por meio do CCMEI, Certificado de Condição de MEI, que pode ser impresso após a formalização no Portal do Empreendedor e também pelo cartão do CNPJ, impresso na Receita Federal.
4 – MEIs podem emitir nota fiscal – o que é ótimo
Com o CNPJ MEI, é possível emitir notas fiscais pelas vendas e serviços prestados.
A emissão de notas fiscais é relevante porque amplia sua rede de fornecedores e também te ajuda a alcançar mais clientes, que exijam a emissão da nota.
Com a regularização, os MEIs podem explorar novos canais de venda e fornecer seus produtos e serviços até mesmo para o governo.
5 – Lembre-se de controlar suas despesas e receitas
Todo mês, o MEI precisa controlar o total das suas receitas brutas em um formulário simplificado.
No Portal do Empreendedor, é possível baixar o Relatório de Receitas Brutas Mensais, imprimir o arquivo e fazer o preenchimento do modelo de formulário.
Essa etapa é importante por duas razões principais:
- Para o gerenciamento do seu faturamento e se ele está dentro das normas de até R$81 mil por ano, o que é um requisito para o perfil MEI;
- Para facilitar a sua Declaração Anual do Simples Nacional – não se preocupe, falaremos mais sobre ela a seguir.
6 – Será preciso fazer uma contribuição mensal
Todo microempreendedor individual precisa fazer o pagamento de uma contribuição mensal do Simples Nacional. Este é um sistema direcionado ao MEI para o pagamento de impostos e recolhimento de INSS.
O DAS, ou seja, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional para o MEI tem valores específicos de acordo com sua categoria de atuação. Em 2019, as modalidades de negócio e valores são:
- Comércio: R$49,90
- Indústria: R$ 50,90
- Prestação de Serviços: R$ 54,90
- Comércio e Serviços juntos: R$ 55,90
Para fazer o pagamento, é possível: imprimir o carnê da DAS, fazer o pagamento online ou em débito automático.
7 – Será preciso fazer uma declaração anual
Todo MEI precisa fazer a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) até o dia 31 de maio do ano seguinte, informando seu faturamento ao longo do ano anterior.
O envio da declaração é feito exclusivamente pela internet na página do Simples Nacional, dentro do site da Receita Federal. O link é: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/
Para fazer a declaração, é preciso acessar o menu: Simei Serviços > Cálculo e Declaração > DASN-SIMEI – Declaração Anual para o MEI
Fique atento aos prazos, pois se a declaração for feita após o dia 31 de maio, isso implica no pagamento de multa, com valores que iniciam em R$50,00.
8 – Existem muitos benefícios de ser MEI
Ter um CNPJ MEI significa que você está regularizado para vender em todo o território nacional. O governo reconhece sua empresa e isso permite uma série de facilidades.
Além dos benefícios de se posicionar melhor no mercado, por conta da formalização e possibilidade de emitir notas fiscais, quem é MEI também tem outros benefícios, como:
- O pagamento regular da DAS mensal, conta como contribuição para sua aposentadoria por idade ou invalidez;
- Você ainda pode ter acesso a auxílio doença, salário maternidade e outros benefícios previdenciários;
- Fica mais fácil abrir uma conta bancária jurídica, ter acesso a crédito, maquininha de cartão e outros serviços que passam por algum tipo de análise por instituições financeiras.
Mas fique atento! Para aproveitar mais oportunidades em faturamento e canais de venda, como a Americanas, pode ser interessante adotar um CNPJ superior ao MEI!
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