A logística é fundamental para qualquer negócio, sobretudo para quem vende pela internet. Saiba mais sobre ela e como melhorá-la
Para falarmos de logística e explicar o que ela representa para as empresas, precisamos voltar um pouco no tempo e explicar sua origem.
Na Antiguidade, os líderes militares já usavam a logística durante as inúmeras guerras. Como elas eram longas e geralmente distantes, fazia-se necessário deslocamentos grandes e constantes de recursos.
Para transportar as tropas, armamentos, carros de guerra e alimentos aos locais de combate, era preciso planejamento, organização e execução de tarefas logísticas para a definição de uma rota. Além disso, nem sempre as pessoas usavam a rota mais curta. Havia outros fatores que influenciavam esta escolha, como a existência de uma fonte de água potável próxima, facilidade no transporte, na armazenagem e na distribuição dos equipamentos e suprimentos.
De acordo com alguns dicionários, logística é aritmética aplicada, álgebra elementar e lógica simbólica. Também tem uma base histórica na ciência militar, que trata do alojamento, equipamento e transporte de tropas, produção, distribuição, manutenção e transporte de materiais e outras atividades não combatentes relacionadas.
Logística: uma prática militar
Na Antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares, com título de “Logistikas”, eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra.
Na Antiguidade, líderes militares utilizavam estratégias logísticas para sustentar tropas em longas campanhas. O transporte de armamentos, suprimentos e soldados exigia um planejamento detalhado que considerava não apenas a rota mais curta, mas também a disponibilidade de recursos essenciais como água e alimentação ao longo do caminho. Esse tipo de planejamento logístico foi fundamental para o sucesso em batalhas e campanhas prolongadas. Com o tempo, a logística evoluiu de uma prática militar para uma ciência aplicada em diversas áreas, incluindo a economia e a gestão empresarial.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1945, o mundo retomava sua atividade econômica e a indústria estava a todo vapor para suprir o mercado. Neste momento, a logística ganhou espaço trazendo o planejamento, otimização de processos, gestão de prazos e manufaturas.
Para uma empresa, a logística tem a missão de dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo correto e nas condições desejadas. Assim, administrando os recursos operacionais de manufatura com a finalidade de dar ritmo e velocidade a produção, voltada a demanda do cliente final.
Como gerenciar sua operação logística?
Confira algumas estratégias para implementar em sua operação logística e que vão melhorar sua gestão!
ERP
Para ter um bom gerenciamento nos dias de hoje, é essencial ter um Sistema ERP (“Enterprise Resources Planning” ou “Planejamento dos Recursos da Empresa”). Ele permite a integração de todas as áreas da empresa, oferecendo uma visão unificada e em tempo real das atividades. Com isso, fornece rastreamento e visibilidade global de informações de qualquer parte da empresa e de sua cadeia de suprimento.
O ERP é um sistema integrado e que possibilita um fluxo único de informações, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. Ele é um instrumento para melhoria de processos para negócios, como a produção de itens ou distribuição, com informações on-line e em tempo real. O sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios.
Desta forma, todas as áreas se comunicam em um só lugar.
- Logística: planejar e integrar a produção ao sistema operacional;
- Produção: produzir com qualidade no tempo e no custo;
- Marketing: planejar as vendas, mantendo as metas ao longo do tempo;
- Engenharia: desenvolver fluxo de processos e novos produtos;
- Finanças: liberar recursos e controlar os orçamentos;
- Recursos humanos: capacitar a mão de obra em todos os níveis.
Com base no desdobramento do plano de cada área, a operação terá um planejamento mensal e anual a ser cumprido. E deverá seguir as métricas de acompanhamento para alcançar as metas e resultados esperados. Algumas dessas métricas são:
Just in time:
O método Just in Time (JIT) é uma abordagem que busca minimizar os estoques e reduzir o desperdício, garantindo que todos os processos sejam realizados no momento exato necessário. Isso significa que os insumos são adquiridos, os produtos são fabricados e os itens são transportados conforme a demanda. Dessa forma, a empresa consegue atuar com estoque zerado, evitando a superprodução e reduzindo os custos de armazenamento.
Implementar o JIT exige um planejamento detalhado e uma comunicação eficaz entre todos os envolvidos na cadeia de suprimentos. Mas é um processo excelente para aumentar a qualidade da operação e ajudar a acabar com o desperdício, evitando a superprodução, e itens parados no estoque.
Gargalos de expedição:
Qualquer obstáculo que impacte negativamente o andamento da saída de produto, como por exemplo a falta da documentação. Isso pode trazer problemas externos e internos, pois a empresa se expõe à autuação de órgãos de fiscalização e com isso o prazo final é diretamente afetado. Além de ocasionar falhas no controle, que podem levar a um cenário no qual os dados não correspondem à realidade.
Acuracidade do estoque disponível:
Este é um indicador que revela o quão confiável são as informações sobre o estoque do seu negócio, em relação à existência física dos itens controlados. A falta de confiabilidade afeta todos os setores da empresa, desde o nível gerencial até o operacional.
Quando a informação de estoque no sistema de controle, informatizado ou manual, não confere com o saldo real, dizemos que este inventário não é confiável ou não tem acuracidade.
Gargalos de expedição:
Identificar e eliminar gargalos na expedição é vital para manter o fluxo eficiente de produtos. Obstáculos como documentação incompleta ou processos ineficientes podem atrasar a entrega e comprometer a satisfação do cliente.
Gestão à vista:
Um modelo de gerenciamento que permite que os dados e informações do negócio sejam visualizados e compartilhados com toda a equipe, através de monitores disponibilizados em pontos estratégicos ou pelo acesso em dispositivos.
Em geral, essas informações são apresentadas por meio de gráficos, tabelas ou checklists. O objetivo é garantir que todos consigam compreender as informações de forma rápida e fácil.
Relatório diários:
Relatórios de resultados logísticos é onde se concentra uma série de informações sobre o rendimento de toda cadeia produtiva em um determinado período de tempo.
É imprescindível que os dados sejam confiáveis, relevantes e, sobretudo, atualizados. Afinal, esses documentos serão uma base para as tomadas de decisão e elaboração de estratégias futuras.
Por que é importante unificar as informações entre as áreas?
Para que a sua empresa tenha uma logística integrada, que ofereça um bom nível de serviço e que agregue valor de forma direta e indireta a seus produtos.
Para quem busca facilitar essa gestão, existe a logística terceirizada. Nela, as empresas passam a gestão e acompanhamento das suas atividades internas para empresas especializadas. Elas irão controlar e monitorar todos os processos. Essa é uma ótima alternativa para que a principal atividade de sua empresa receba mais atenção e tenha o seu foco.
Na Americanas, por exemplo, sabemos que o principal foco de nossos parceiros é a venda de seus produtos. Por isso, nossos lojistas podem contar com nossas soluções de Entrega e Fulfillment, no qual ajudamos nossos sellers com toda a gestão de entrega para os clientes.
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