Empresas data driven otimizam o potencial através de insights que só os dados certos oferecem, transformando informações em ação
“Sem dados, você é mais uma pessoa qualquer com uma opinião.”, essa frase de William Edwards Deming, estatístico conhecido como pai da qualidade total, cai como uma luva para começarmos a falar sobre data driven. Em tradução livre, o termo quer dizer orientado por dados e, a partir desta explicação, já dá para ter uma dimensão do que isso significa na prática.
Neste esquema organizacional não existe espaço para achismos e intuições. A empresa data driven é aquela que é habituada a usar, de forma contínua, os dados e a inteligência de negócios para tomar decisões de nível estratégico. Estes dados podem ser estruturados, quando organizados de forma padronizada, ou não estruturados, quando não possuem nenhuma organização.
Para aplicar esse conceito cultural em uma empresa, é necessário ter a capacidade de extrair e analisar informações de várias fontes, transformando esse material em conhecimento e riqueza.
A importância de se tornar data driven pode ser resumida em uma palavra principal: segurança. Sendo assim, todas as áreas e funcionários da empresa têm acesso a uma série de dados relevantes, cada um com suas camadas de profundidade. Com isso, são incentivados a aderir ao movimento no dia a dia das atividades e na proposta de estratégias, seguindo sempre, claro, as novas diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), que impõe um padrão mais elevado de proteção e penalidades significativas para o não cumprimento da norma.
De acordo com um relatório publicado pela Allied Market Research, o mercado global de extração de dados era avaliado em 2,14 bilhões de dólares no ano de 2019, e é projetada para atingir quase 5 bilhões de dólares até 2027, o que representa uma média de 11% de crescimento. Dentro deste contexto, é importante ressaltar que as empresas brasileiras estão entre as que mais investem em recursos de dados, segundo pesquisa divulgada pela Qlik.
Entenda como funciona a cultura Data Driven: veja a estruturação
Os pilares para uma boa estruturação cultural deste método são: Pessoas, Dados, Tecnologia e Autonomia. E vamos explicá-los detalhadamente mais abaixo.
O uso dos dados de forma integrada em seus processos e operações é a diferença básica entre empresas data driven e organizações tradicionais. Ou seja, as informações não ficam armazenadas em computadores individuais – como em empresas tradicionais, mas são colocadas em um sistema centralizado, que pode ser em nuvem ou em rede, para que todos dentro da empresa tenham acesso a qualquer instante.
Sendo assim, a inteligência coletiva passa a comandar os resultados e a produtividade individual de cada colaborador perde espaço, gerando mais agilidade à rotina da companhia.
Agora vamos aos pilares:
Pessoas: transformação da cultura organizacional
Para que tudo aconteça, os profissionais precisam estar capacitados. Por isso vale que as empresas invistam em treinamentos e forneçam especialização para seus funcionários.
A figura do CDO (Chief Data Officer) será a mais importante da estrutura. Este profissional será o capitão do barco para liderar as mudanças organizacionais em direção a um mindset data driven.
Mas como em todo o ambiente coletivo, líderes não são autossuficientes. Ao lado do CDO deve haver profissionais especialistas em suas áreas de execução para lidar com a nova realidade orientada a dados, como cientistas de dados, analistas, etc.
Dados: assertividade sem achismos
Quando falamos em data driven podemos dizer sim que it’s all about data, que na tradução literal significa “é tudo sobre dados”. Eles são a variável principal sobre o qual se constrói uma organização data driven.
Mas para que a engrenagem rode de forma funcional, não basta tê-los, os dados precisam estar organizados, acessíveis e integrados. Isto é o que vai permitir que as ferramentas e os profissionais que serão responsáveis por utilizar essas informações consigam extrair o máximo resultado através de cada dado coletado para não trabalhar em cima de suposições.
Tecnologia: investimento em serviços e produtos
Para a empresa amadurecer a metodologia data driven como um todo, a tecnologia, representada na maioria das vezes por softwares, ganhaimportância para sustentar essa transformação organizacional.
Todas as áreas e profissionais envolvidos precisam contar com as ferramentas e softwares eficientes para trazer impactos positivos para a organização. Isso permitirá que os processos diários de análise até a governança dessas informações sejam feitos de forma efetiva.
Autonomia: democratização do poder e dos dados
Sim, a dissolução do poder – leia-se autonomia de acesso aos dados – é importante para criar uma estratégia data driven efetiva, assim os profissionais poderão tomar decisões que sejam sustentadas pelos dados.
Este acesso pode ser customizado para suprir a necessidade de cada área e os problemas sejam resolvidos de maneira ágil e simplificada, através de gráficos, dashboards e ferramentas de automação e organização entre equipes.
Como aplicar a cultura Data Driven na sua empresa?
O alinhamento entre os pilares citados acima é crucial para tudo funcionar. Até aí, ok.
Mas o primeiro ponto que é necessário saber – alô CEO’s – isso não vai acontecer do dia para a noite. O processo é de longo prazo, pois trata-se da implementação de uma nova cultura e não de um método. A mudança é de mentalidade!
O segundo passo é garantir que a liderança promova a cultura data driven, para passar um bom exemplo para sua equipe, além de sempre justificar seu posicionamento e decisões pautadas em dados.
Promover um ambiente propício à inovação também é uma camada importante do processo de transformação organizacional.
Com todos os departamentos da empresa alinhados e todos os colaboradores com uma só visão, vamos resumir os principais benefícios da implantação da cultura data-driven na sua empresa:
- Tomada de decisões mais eficientes;
- Insights estratégicos;
- Profissionalização da gestão;
- Otimização de processos;
- Equipes mais engajadas e integradas com a mudança de mindset;
- Criação de experiências únicas para os clientes.
Com isso estabelecido, você pode seguir alguns outros pontos para começar a aplicar esta tendência de grandes players do mercado mundial. São soluções operacionais periféricas que complementam a estratégia macro.
- Trabalhar apenas com dados confiáveis, reais e conectados aos seus clientes;
- Adequação à nova Lei Geral de Proteção de Dados;
- Segmentação do público e definição de personas;
- Condução de testes A/B e pesquisas de mercado;
- Criação conteúdo relevante e direcionado;
- Otimização da experiência do consumidor;
- Integração de boas estratégias entre as áreas operacionais (negócios, marketing e vendas) promovendo inteligência comercial.
Vivemos o tempo da transformação digital, onde mercados estão sendo dominados por metodologias ágeis, segurança da informação e crescimento acelerado de startups. A cultura data driven está muito interligada a esses novos modelos, com sistemas orgânicos que visam aumentar a eficiência.
É tempo de somar, então aproveite este conteúdo para levantar insights de novos formatos de negócio e compartilhe com seus colegas de equipe, sócios e parceiros para promovermos um cenário cada vez melhor e mais funcional para todas as pontas.Quer continuar aprendendo sobre o papel dos dados no sucesso de um negócio? Fique ligado em nossos artigos e acesse nossa plataforma de soluções em publicidade, 100% orientada a dados, para alavancar seus negócios!
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