O visual merchandising envolve uma série de fatores que trabalham nas experiências sensoriais dos clientes. Veja como ela pode ajudar!
O cliente entra na loja e se sente agradavelmente envolvido por um ambiente acolhedor. Há um discreto aroma no ar e a iluminação, na medida certa, o convida a ficar mais tempo ali. Os produtos, bem organizados, tornam mais fácil encontrar o que ele procura.
Nada disso acontece por acaso. Todos esses detalhes, e muitos outros, fazem parte de uma estratégia chamada visual merchandising, que lança mão de conceitos de marketing e comunicação visual, design e arquitetura para valorizar a marca, favorecer a compra e fidelizar o cliente de lojas físicas.
Segundo a Nielsen, empresa global de pesquisa e informação de mercado, 70% das decisões de compra acontecem dentro da loja, o que dá bem a medida da importância desse trabalho.
Além de ser uma ferramenta que incentiva o cliente a fazer compras e cria uma experiência diferenciada dentro da loja, o visual merchandising traz vários benefícios para os negócios. É importante que seja incorporado ao plano de marketing não como uma despesa, mas como investimento.
A Americanas, por exemplo, expandiu essa visão oferecendo um leque de soluções que vão além do ambiente físico tradicional. Por meio de painéis digitais e outros formatos de publicidade, a marca permite que diversas empresas anunciem seus produtos diretamente nas lojas físicas da marca, impactando os consumidores no momento exato de sua decisão de compra.
Veja algumas dicas para criar um visual merchandising que estimula o cliente a comprar!
Vitrine, a porta de entrada
Tudo começa na vitrine, onde cada aspecto é planejado, desde a forma como os produtos são expostos, e quais merecem destaque, até as cores e a luz utilizada. Grandes lojas transformam esse espaço em verdadeiros cenários. Festas como o Dia das Mães, o Natal e a Páscoa são uma boa oportunidade para se destacar dos concorrentes com propostas originais de visual merchandising.
As cores são um dos elementos mais importantes do projeto e devem estar em harmonia com tudo o que remete à marca, desde embalagens até a sinalização. Se o objetivo é um ambiente jovem e descontraído, o amarelo pode ser uma boa opção. O lilás é calmante e o verde traz bem-estar. O ideal é combinar tons, o que deve ser feito por um especialista.
O foco principal deve ser o produto
O apelo visual é muito forte, assimilamos 65% da informação transmitida dessa forma, mas é preciso dosá-lo bem. Excesso de banners, fotos e itens de decoração desviam a atenção do principal, o produto.
Para criar uma ambientação visualmente agradável, móveis e equipamentos devem seguir o estilo da marca e a arrumação da loja precisa ser bem planejada. O cliente deve encontrar sem dificuldade aquilo que busca e se movimentar facilmente pelos espaços. Corredores com mercadorias empilhadas no chão causam má impressão e dificultam a passagem. Acesso para cadeirantes é obrigatório.
O ideal é que a loja toda seja visitada. Para estimular a circulação nas chamadas ‘zonas frias’, menos procuradas, distribua itens de maior rotatividade nessas áreas. Próximo ao caixa, deixe ao alcance da mão artigos que podem render compras por impulso como acessórios para viagem, bijuteria e itens de maquiagem.
A luz oferece muitas possibilidades
Um aspecto fundamental de todo projeto de visual merchandising é a iluminação. Os recursos são diversos. Lâmpadas coloridas e de intensidades variadas, por exemplo, criam ambientações distintas e destacam produtos. A luz não deve ser excessivamente clara, que cause incômodo, nem muito fraca, impedindo que o cliente avalie o produto corretamente.
Trilha sonora conquista a clientela
Além da visão, o olfato e a audição têm papel fundamental na decisão de compra. Estimular todos os sentidos é uma das estratégias do visual merchandising.
Ligado ao sistema límbico, que está associado à memória e às emoções, o olfato pode ser um aliado poderoso. A criação de aromas personalizados, que combinam várias essências, é uma forma de permanecer na memória do cliente. Não por acaso, grandes marcas vendem o perfume de suas lojas para uso em casa, por meio de difusores. As possibilidades são muitas. Alecrim, hortelã e eucalipto têm propriedades energizantes, mas se a proposta é transmitir uma ideia de sofisticação, verbena, rosas e jasmim são escolhas acertadas. O aroma deve ter uma presença discreta, não pode incomodar.
Quantas vezes não ficamos mais tempo do que pretendíamos em um lugar, só por causa da música? Uma boa playlist pode prolongar a visita do cliente. Mais uma vez, conhecer o público-alvo é essencial para definir que estilos de música serão escolhidos. Na seleção, vale incluir faixas usadas em comerciais ou no e-commerce da marca.
Integração entre físico e digital: o poder da publicidade in-store
O conceito de visual merchandising nas lojas físicas não se limita mais apenas ao posicionamento estratégico de produtos. Hoje, as marcas têm a oportunidade de impactar os consumidores de diversas formas enquanto eles percorrem a loja. Painéis digitais, displays de LED, vitrines interativas e até a utilização de anúncios sonoros, como jingles e spots, transformam a experiência de compra em algo muito mais dinâmico e envolvente.
O uso de painéis digitais, por exemplo, permite que a publicidade nas lojas físicas seja muito mais do que simples decoração. Posicionados em locais estratégicos, esses painéis oferecem uma plataforma para que as marcas possam se conectar com os consumidores em tempo real, promovendo campanhas de mídia omnichannel que integram as jornadas de compra on e offline. Ao combinar essa abordagem com as vitrines e os displays internos, as marcas podem fortalecer sua presença visual e aumentar a visibilidade de seus produtos.
Para maximizar o impacto, as campanhas de publicidade in-store da Americanas, por exemplo, são projetadas de forma a atingir o consumidor em diferentes momentos da sua jornada de compra, tanto dentro quanto fora das lojas. Desde anúncios nas entradas das lojas até formatos gráficos nas vitrines, cada elemento é cuidadosamente pensado para garantir que a marca esteja presente em todos os pontos de contato do cliente com o ambiente.
Detalhes sutis formam a identidade da marca
Por fim, e não menos importante, o paladar também pode contribuir para fidelizar o cliente. Oferecer café ou chá em xícaras ou canecas que remetam à marca acrescenta lembranças agradáveis à experiência de compra, que convidam as pessoas a retornar.
Esses e outros detalhes devem ser pensados em conjunto para criar uma identidade e passar a imagem pretendida, seja jovial, sofisticada ou arrojada, por exemplo.
Pequenos negociantes, que não dispõem de um departamento de marketing, podem se valer do bom senso: circulação livre, mercadorias organizadas e sinalização clara constituem um bom começo. Seja qual for o tamanho da loja, nada substitui uma recepção calorosa e funcionários atenciosos. Todas essas medidas se traduzem em mais vendas.
Enfim, vá além do visual merchandising!
Além do aspecto visual, a comunicação nas lojas físicas também precisa ir além. O ambiente físico oferece oportunidades únicas de interação, e os anunciantes podem aproveitar essa vantagem para criar uma experiência de compra que dialogue diretamente com o consumidor. A rádio interna, por exemplo, é uma poderosa ferramenta de comunicação que permite à marca manter uma presença sonora constante no ambiente da loja.
Por meio de soluções como painéis digitais, vitrines interativas e anúncios sonoros, as empresas têm a oportunidade de criar campanhas personalizadas que intensificam sua presença nas lojas físicas. Essas campanhas, além de proporcionar uma experiência imersiva, também contribuem para o aumento dos indicadores de branding e performance, potencializando o alcance das marcas tanto no ambiente físico quanto digital.
O futuro do visual merchandising está na capacidade de oferecer ao consumidor uma experiência de compra completa, que vá além do visual e se integre de forma natural à sua jornada de compra omnichannel.
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