Preço do frete marítimo segue quase 6 vezes mais alto do que antes da pandemia
No início da pandemia, muitas restrições acabaram paralisando o comércio internacional e, consequentemente, impactaram as importações, fazendo com que o custo do frete marítimo caísse. Porém, esse efeito não durou muito tempo, e no segundo semestre de 2020 os preços desses deslocamentos começaram a disparar.
Em meio a recuperação econômica e toda a retomada do comércio, a busca por bens de consumo voltou mais forte do que nunca — uma vez que, muitos consumidores começaram a investir mais em produtos do que em serviços no dia a dia —, o que elevou essa busca pelos serviços de transporte global, exigindo cada vez mais de todas as partes envolvidas no processo, como portos, navios, armazéns e contêineres.
Logo, essa demanda maior do que a oferta fez os preços dispararem e chegarem a uma das maiores altas dos últimos tempos! De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em janeiro de 2022, o frete marítimo de importação da Ásia para o Brasil chegou a US$ 11.150, valor 5,7 vezes superior ao de janeiro de 2020 e que resultou em um aumento de 472% quando comparado com o início da pandemia.
O “novo normal” do frete marítimo
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, todas as dificuldades e gargalos na logística global podem indicar que esses custos mais elevados irão se tornar o “novo normal”. A principal consequência desse cenário é que os produtos importados ficariam ainda mais caros para a indústria, pressionando a inflação.
Um outro fator que explica essa alta do frete marítimo é o crescimento acelerado do e-commerce, uma vez que, consumidores no mundo todo passaram a criar o hábito de comprar no conforto de suas casas.
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