O futuro do e-commerce: o que esperar do mercado digital pós-pandemia

por Americanas

9 de julho de 2020

Veja os principais pontos que podem nortear o futuro do e-commerce, conforme pontos levantados na live da Semana do MEI

Com a situação imposta pela covid-19, houveram muitas mudanças na necessidade do consumidor e isso tem acelerado a digitalização de alguns negócios. 

O e-commerce, que já vinha crescendo em ritmo contínuo, na casa de dois dígitos por ano, tem apresentado um pico de interesse nesse momento. Só em abril de 2020, o crescimento do e-commerce no mercado brasileiro foi de 48% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados E-bit.

O consumidor brasileiro, que estava acostumado a fazer compras eventuais pela internet, vem adotando um hábito maior de compra online, procurando por itens de ticket-médio mais baixo, no setor de conveniência e supermercado.

Na live da Semana do MEI, realizada pelo B2W Marketplace no início de junho, com a presença da gestora da Universidade B2W Marketplace Mayra Gianoni e Samuel Gonsales,

Diretor de Relacionamento do E-commerce Brasil, o tema discutido foi o panorama de mudanças do mercado digital  que ficou ainda mais acentuado com a pandemia. 

Aqui estão alguns pontos que vale a pena ficar atento para entender as mudanças acentuadas nesse momento e que podem trazer insights sobre o futuro do e-commerce aqui no Brasil:

1) Era: eventos e preço. É: frequência e conveniência.

Antes da situação atual, imposta pela covid-19, o brasileiro médio costumava fazer compras esporádicas pela internet. Estas compras eram “eventos” planejados, para a compra de itens com boa oportunidade, especialmente em relação ao preço. 

Nos últimos tempos, esse comportamento tem dividido espaço com uma outra necessidade do cliente, que é a compra de produtos de mercado online, como alimentos e bebidas, petshop e outros itens de conveniência e do consumo de dia a dia.

2) Era: conceito fabril. É: relacionamento com as marcas e processos de consumo.

Por longos anos e antes da virada do milênio, muitos consumidores eram submetidos aos processos fabris e a compra era centralizada naquilo que as empresas produziam e disponibilizavam ao cliente. Como Gonsales coloca, o cliente que queria assistir filme comprava um videocassete, o que queria ouvir música comprava um walkman, o que queria ouvir uma música, comprava todo um CD para poder acessar determinada canção, tudo porque não havia um relacionamento tão claro entre o cliente e a indústria, de forma que ele precisava consumir aquilo que ela trazia como opção.

Com um mercado cada vez mais digitalizado, principalmente após os anos 2000, com a popularização da internet e das redes sociais, o cliente passou a se comunicar com as marcas de forma mais direta. O cliente direciona as empresas sobre suas expectativas e busca mais informações na hora de comprar, procurando conveniência – como comprar e receber o produto sem sair de casa, aceitando pagar mais por isso algumas vezes – e também comodidade – como comprar online e retirar em uma loja física no mesmo dia e vice-versa.

3) Era: físico ou digital. É: multicanal

Enquanto antigamente os canais físicos e digitais estavam desconectados um do outro, o cliente muitas vezes precisava escolher onde comprar e o formato de recebimento imposto por aquele espaço. Muitas vezes essa escolha era feita da seguinte forma: a loja física para itens urgentes. O digital para compras de oportunidade ou de pouco acesso naquela região.

Agora os canais físico e digital estão conectados, com o cliente podendo comprar em um e receber no outro. A venda multicanal mostra que tem um potencial de atingir mais perfis de clientes, o que aumenta as oportunidades de venda e de crescimento do negócio. Além disso, o digital deixa de ser uma oportunidade apenas para a venda para clientes distantes, mas se mostra interessante na venda para a vizinhança também, já que oferece maior comodidade para todos.

4) Era: produto ou serviço. É: produto + serviço.

Por muito tempo o e-commerce foi centralizado na venda ou de produtos (bens de consumo) ou de serviços. 

Uma mudança que já vinha sendo adotada, tem ampliado ainda mais a junção das duas coisas em situações em que elas podem se relacionar. Com a pandemia, muitas marcas têm oferecido opções para agendamento, ou seja, um serviço, para dar maior comodidade na retirada de produtos. É uma tendência, já que é possível que o hábito de evitar lugares aglomerados permaneça na sociedade mesmo após o isolamento social. 

Comece já a se planejar para o futuro do e-commerce

Por fim, como Gonsales e Mayra pontuam: a hora de pensar no retorno ao novo normal é agora! É preciso que as empresas entendam como a situação irá impactar a percepção, hábitos e necessidades do consumidor mesmo quando as coisas passarem. 

Dessa forma, fica mais fácil criar uma estratégia conectada com a realidade e consciente de que mesmo que muita coisa volte ao velho normal, é possível que haja mudanças profundas em alguns hábitos dos clientes e é preciso estar preparado para atendê-lo muito bem.

Veja o vídeo completo e entenda mais sobre o panorama e perspectivas para o futuro do e-commerce:

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