A busca por encontrar o melhor ponto de vendas para sua loja pode ser difícil, mas é essencial. Veja que pontos levar em conta ao definir isso!
Definir o melhor ponto para montar sua loja pode ser crucial na hora de atrair os clientes certos para seu tipo de negócio. Mas, como definir isso, afinal?
São vários fatores que podem influenciar sua escolha, como seu tipo de produto e segmento, perfil do público-alvo, comportamento de compra pelo consumidor, visibilidade e outros aspectos. Muita coisa pode influenciar essa decisão e atrair muitos clientes ou ser um completo tiro no pé, com baixo interesse pelo consumidor local.
Se você está pensando em escolher o local ideal para montar seu negócio, separamos algumas dicas para ficar de olho e sair na frente com o melhor ponto de vendas para seus objetivos. Confira!
1 – Conheça bem o seu produto
Analise detalhadamente seu produto: qual o segmento que ele está, onde ele costuma ser ofertado, qual o preço que ele terá. Além disso, analise bem como seu negócio se posiciona ao vendê-lo, como sua marca se comunica e com quem.
Conhecer detalhadamente seu produto vai ajudá-lo a entender o universo em que seu negócio se encaixa, e a traçar uma linha sobre como ele deveria ser exposto a partir daí.
Se você vende itens com um ticket médio muito alto, isso já exclui possibilidades de vendê-lo em lugar muito popular, pois ele exige um ambiente frequentado por pessoas de maior renda. Por outro lado, se você vende itens a preços mais populares, teria gastos desnecessários alugando um local em um bairro de alta renda, que provavelmente não seria o melhor ponto para seu tipo de produto e perfil de negócio.
2 – Explore seu perfil de cliente
Com a visão clara do seu produto, agora é hora de analisar muito bem seu cliente. Quem é ele? Qual seu sexo, idade, faixa de renda, expectativas, locais que frequenta e como costuma consumir um item como o que você vende?
Comece a detalhar cada aspecto do seu cliente e seus hábitos de consumo. Registre todo esse comportamento que perceber, com base em pesquisas e análises. Tente ser o menos enviesado o possível pra não imaginar demais e acabar criando uma análise não fundamentada que comprometa seus resultados no futuro. Você não deve direcionar o resultado da pesquisa: você direciona a pesquisa, ela oferece um resultado mais puro sobre seu cliente e que pode orientar suas ações.
Se precisar, dê uma volta pela cidade, converse com pessoas que compram aquele item ou rode uma pesquisa com seus potenciais clientes. O seu cliente compra em lojas físicas ou online? Em quais locais ou canais? O que é importante pra eles ao comprar um produto: poder experimentar, ter um bom preço ou tempo de entrega, comodidade? Quais fatores mais pesam na escolha?
Com esse entendimento, você vai começar a clarear sua visão sobre o cliente, onde ele está e, portanto, onde você também deveria se posicionar.
3 – Analise o estilo do ponto comercial
Com uma visão clara do cliente você pode começar a traçar o melhor ponto em relação ao modelo de negócio e canais de venda que deveria apostar. A primeira divisão a ser feita é entre as opções de ponto físico e digital. Depois, você pode analisar as opções da seguinte forma:
Ponto físico
Loja de rua: algumas vantagens desse estilo de loja são os custos mais baixos comparadas ao shopping, maior liberdade de gestão e, eventualmente, estacionamento gratuito. Por outro lado, pode ser mais difícil estacionar, se estiver em lugares muito disputados, ter problemas maiores com segurança em relação aos shoppings, e as campanhas de marketing dependerem 100% de você.
Shopping: esses locais podem promover campanhas promocionais gerais pra atrair clientes, oferecer maior segurança, estacionamento mais amplo, além de conforto e praticidade mesmo em dias de muito frio e chuva ou muito calor, o que poderia inibir alguns clientes de sair de casa para um lugar aberto, na rua. Mas, isso tende a exigir um investimento mais alto para o aluguel, obediência às regras gerais de funcionamento e cobrança de estacionamento para o cliente.
Ponto virtual
E-commerce próprio: esse canal online pode te dar toda a flexibilidade para trabalhar sua marca, produtos, vitrines virtuais e criar a estrutura comercial 100% do seu jeito. Por outro lado, ele exige um investimento inicial mais alto, ao contrário dos marketplaces. Você também deverá responder totalmente pela segurança do cliente, garantindo contratos com empresas de alta tecnologia, além de precisar investir um tempo em marketing para que sua marca seja reconhecida e o cliente se sinta confortável para começar a comprar com você.
Marketplace: é um canal bastante simples, intuitivo, com uma plataforma pronta e reconhecida pelo cliente, e mais barata, pois não exige investimento inicial, e o lojista só paga uma comissão pelo que vender ali. Basta conectar a loja e produtos para começar as vendas. Além disso, pode oferecer apoio, com coleta de produto e entrega para o cliente, campanhas de marketing e treinamentos para parceiros. A desvantagem é a menor exposição da marca, limitação na decoração da página, que deve seguir a estrutura padrão, e obediência às regras gerais de funcionamento.
4 – Entre as opções de locais, defina as melhores
Depois de separar o perfil do ponto comercial será o momento de realmente começar a escolher o melhor ponto dentro desse universo em que irá focar. Lembrando, claro, que você pode acabar entendendo que vale a pena combinar dois ou mais canais diferentes em sua estratégia, caso isso faça sentido para você e seu cliente. Mas também, se sua verba for limitada, nada o impede de optar por um deles e escalar ao longo do tempo.
Pontos de atenção na escolha de uma loja física:
- Ser acessível aos seus clientes, seja por transporte público ou carro, priorizando o meio de locomoção principal do seu perfil de cliente;
- Ter boa visibilidade da fachada, por ônibus, carro ou a pé, priorizando toda a locomoção do seu perfil de cliente até chegar à sua loja. A dica é priorizar imóveis que tenham o mesmo nível da rua e sem recuos (para lojas físicas) e pontos próximos à entrada principal, escadas rolantes, praças de alimentação ou lojas-âncora (para vendas em shopping);
- Contar com um alto fluxo de pedestres, caso ofereça produtos com foco na venda por impulso, por conveniência ou passagem do cliente pelo local;
- Ter estacionamento e acesso fácil;
- Ter um nível de ruído, condições de higiene e segurança adequados;
- Ser um local de fácil acesso para a entrega do estoque e contratação de serviços e mão de obra qualificada.
Dicas: procure observar o movimento do local em dias e horários diferentes. Converse com proprietários de estabelecimentos próximos e tente saber mais sobre segurança, clientela e preços de aluguel e venda na região.
Pontos de atenção na escolha de um ponto virtual:
- Analise todos os custos diretos e indiretos na venda – no marketplace: estoque, embalagem, comissão – no e-commerce: plataforma, segurança, marketing, meios de pagamento, estoque, embalagem, entrega, entre outros;
- Se optar pelo marketplace, compare as vantagens e desvantagens de vender em cada canal e entenda se a venda multicanal pode ser uma opção relevante para expandir pontos de atração de novos clientes;
- Tenha a certeza de que o cliente conhece o canal de vendas de marketplace onde você está ou irá conhecê-lo, no caso do e-commerce, através de um investimento razoável em marketing digital;
- Garanta que sua venda seja feita em uma plataforma própria ou de marketplace que seja segura para cliente, com SSL, e outras práticas para evitar invasão e vazamento de informações confidenciais e bancárias do cliente.
Dicas: compare diferentes opções de plataforma e converse com outros lojistas do ramo que possam orientar sua visão sobre o mercado digital, analise custos, tempo de retorno e qual modelo se encaixa melhor pra você.
5 – Antes de fechar contrato
Antes de fechar o contrato, analise os custos, formas de pagamento e prazo do contrato virtual ou aluguel. Compare com seu plano de negócios e capacidade de investimento: expectativas de compras, faturamento e o tempo de retorno esperado. Especialmente no caso de lojas físicas de rua, de shopping e e-commerce, que exigem um investimento inicial, é muito importante que essa visão oriente sua tomada de decisão para não se comprometer com gastos fixos que não conseguirá honrar.
No caso dos marketplaces, considere tráfego, expectativa de vendas e custos das comissões. Mas, como não há um investimento inicial, e sim apenas comissão sobre as vendas, os riscos podem ser menores nessa situação – o que pode te dar uma margem maior para testar o negócio, aprender e aprimorá-lo com o dia a dia.
Não deixe de ler termos de contrato com muita atenção e, no caso de lojas físicas, a liberação da prefeitura para as intervenções que você deseja fazer nas placas e estrutura do local. Em alguns casos, o plano diretor da cidade pode impedir certas mudanças e prejudicar a decoração planejada para a loja.
Em todos os casos, tenha muita atenção com o ponto e se ele cumpre suas expectativas como marca, contempla seu perfil de produto e atende expectativas do seu cliente, ou seja, se ele é de fato o melhor ponto para criar sua loja.
Se o comportamento do consumidor mudar, não deixe de reconsiderar seu local de vendas ou o perfil da loja. Saber a hora de se renovar faz parte do processo de amadurecimento e crescimento de qualquer negócio!
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