Um super app apresenta diferentes ferramentas em um mesmo lugar e facilita o dia a dia das pessoas
Super app é a forma como chamamos um aplicativo com diferentes soluções incorporadas a ele. Há nele muitas ferramentas diferentes para atender propósitos distintos e que podem ser usados e removidos conforme a necessidade dos usuários. A ideia é que as pessoas possam resolver o máximo de necessidades em um só lugar, sem precisar mudar de interface para isso.
Como criam ecossistemas digitais integrados, esses apps acabam recebendo muitos acessos dos usuários e se destacando de outras soluções mais simples. Ao invés de acessar múltiplos aplicativos para poder encontrar soluções distintas, o usuário pode, em um único download, ter uma aplicação bastante completa e que o auxilia a resolver diferentes problemas em um só lugar.
Apesar de se demandar uma maior complexidade na hora de criar um app tão completo quanto um super app, para os desenvolvedores a maior vantagem é que estes apps se tornam fundamentais na vida dos usuários. Com isso, perdê-lo pode se tornar insustável, já que muitas informações e soluções que as pessoas precisam estão concentradas ali. Essa facilidade e concentração de recursos acaba aumentando a fidelização do público que raramente vai deletar aquele app.
Segundo a Gartner, empresa especializada em pesquisa e consultoria de tecnologia da informação, há uma expectativa de que mais de 50% da população global se torne usuária ativa de vários super apps até o ano de 2027. Isso aponta um crescimento e popularização desse mercado e que, por isso, deve ser acompanhado de perto por quem deseja se posicionar nestas tecnologias mobile.
O que é o super app e como começou?
O início do mercado de super app se deu com a criação do aplicativo chinês WeChat. Esse aplicativo possui funções de mensagens (multimídia, por voz, transmissão, videoconferência), jogos eletrônicos, compartilhamento de fotos, vídeos e de localização, além de funções de e-commerce e meios de pagamento. Ao usá-lo, as pessoas acabavam resolvendo várias necessidades na mesma interface. Com isso, não precisavam baixar e navegar por múltiplos programas, o que as ajudava a poupar espaço no celular e tempo.
O super app WeChat foi – e ainda é – uma forma de driblar um cenário local na realidade chinesa, onde muitos apps que conhecemos são bloqueados, como ocorre com o Messenger, WhatsApp e Telegram, por exemplo. Por isso, essa solução permitia que os chineses se comunicassem com seus familiares, amigos e colegas de trabalho na mesma ferramenta.
De qualquer forma, o modelo de super app é algo que vem atraindo empresas de todo o mundo para se criar outras soluções parecidas. O empresário Elon Musk, criador da Tesla, chegou a afirmar que seu desejo era transformar o Twitter em um super app, ao comprar esta plataforma em outubro de 2022. Mas, mesmo antes disso, soluções como Whatsapp, que concentravam trocas de mensagens e agora apostam em um modelo de e-commerce e pagamento via plataforma, são exemplos de iniciativas que vêm se transformando, cada hora mais, em super apps.
No Brasil, aplicativos como a Ame Digital e o iFood são alguns exemplos bem populares de super apps. Com várias funções integradas, eles facilitam a vida dos brasileiros com muitas soluções na mesma interface.
Como o super app funciona?
Como já mencionamos aqui, o super app funciona em uma única aplicação, que o usuário irá baixar em uma loja de apps de seu smartphone. Depois disso, ele terá acesso aos múltiplos recursos desse aplicativo, e que muitas vezes nem possuem tanta relação entre si. Como o processo é igual ao download de todo aplicativo, nem sempre o usuário tem a consciência de que está baixando um super app.
O que caracteriza de fato o super app é a quantidade de recursos diferentes que aquela aplicação possui. Com um único download, o usuário poderá executar funções diferentes, sem precisar baixar tantos aplicativos e carregar a memória do celular com todas elas. Ele pode resolver problemas como realizar pagamentos e comprar online, ou seja, tem algo como um banco e uma loja virtual juntos, na mesma interface; pode ter uma rede social e fazer compras, entre muitas combinações que os apps podem reunir.
Toda a navegação dentro do app é bastante simplificada para que mesmo com divergências entre as naturezas das ferramentas oferecidas, o usuário possa navegar com muita facilidade entre elas. Ele encontra o que precisa naquela solução, economiza tempo, espaço de armazenamento e só precisa manter atualizado um único app que faz a função de dois, três, quatro…
O super app têm relação com os mini apps?
Bem, mini apps são aquelas aplicações mais enxutas e complementares aos super apps, portanto elas têm sim uma relação. Isso porque os mini apps não são os apps tradicionais. Eles são sim uma tendência de aplicações menores que simplesmente auxiliam as funções dos maiores – os “super apps”.
Exatamente porque se restringem a complementar funções dos super apps, os mini apps não são disponibilizados nas lojas de aplicações ou em algum mercado separado. Eles são disponibilizados dentro dos super apps como recursos adicionais, que podem ser instalados e removidos através deles, para ativar ou desativar algumas funcionalidades.
Seja o super app sozinho ou com soluções extras, via mini apps, estas aplicações vieram pra ficar e estão cada dia mais presentes no dia a dia das pessoas. E mesmo quem não desenvolve tecnologias como essas, poderá interagir com elas via consumo de seus recursos ou até com parcerias comerciais com estas soluções.
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